A Nestlé Waters anunciou a aquisição
da fonte de água mineral Vale do Sol e de seus ativos, localizados no município
de Silva Jardim, na Região dos Lagos (RJ).
Este projeto
engloba um investimento total de R$ 117 milhões, que vai garantir a
sustentabilidade e o crescimento do negócio de águas da Nestlé no mercado
brasileiro, principalmente no estado do Rio de Janeiro, onde a companhia já
possui a Água Mineral Petrópolis.
"Esta
aquisição vai possibilitar a consolidação da nossa posição de líder no Rio de
Janeiro, em grandes redes de supermercado, com participação de 30%, e acelerar
o crescimento em um dos principais polos para o mercado de águas no
Brasil"
As águas
turvas da Nestlé: Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e
sistematicamente, vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o
assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de
meia hora na televisão.
Há alguns
anos, a Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço para
fabricar a água marca PureLife. Diversas organizações da cidade vêm combatendo
a prática, por muitas razões. As águas minerais, de propriedades medicinais e
baixo custo, eram um eficiente e barato tratamento médico para diversas
doenças, que entrou em desuso, a partir dos anos 50, pela maciça campanha dos
laboratórios farmacêuticos para vender suas fórmulas químicas através dos
médicos. Mas o poder dessas águas permanece. Médicos da região, por exemplo,
curam a anemia das crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa. Estes Crimes
da Nestlé são acobertados por autoridades e imprensa brasileira.
Para
fabricar a PureLife, a Nestlé, (não só encontrado na PureLife e não só Nestlé) sem estudos sérios de riscos à saúde,
desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente. A
desmineralização de água é proibida pela Constituição.
Cientistas
europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta
sais minerais para fechar a reação. Em outras palavras, a PureLife é uma água
química. A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o
estar esgotando, por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental,
expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da
Nestlé está acima do permitido. A Nestlé Waters tem 75 marcas de água espalhadas
pelo mundo todo.
Apesar de o
número de empresas de grande porte ser bastante reduzido no mercado de águas
minerais, destacam-se no cenário nacional três grupos com plantas espalhadas
por diversos estados brasileiros. São eles:
- Grupo
Edson Queiroz, que através das marcas Indaiá e Minalba mantém a liderança do
mercado brasileiro, com mais de 20 fontes distribuídas em 15 estados, entre
eles Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais,
Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo.
- Grupo Primo Schincariol, com plantas em São
Paulo, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco.
- Nestlé Waters Brasil, com plantas em Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nestlé
Waters, maior grupo de envase de água do mundo, responsável por oito marcas na
Itália, 10 na França e oito nos Estados Unidos, passou a dedicar seus
investimentos no Brasil em 1999, na água Pure Life, uma água adicionada de
sais, fato que gerou uma importante inovação no mercado interno com
aparecimento dessa nova proposta. Essa empresa plurinacional iniciou suas
captações através da compra do grupo francês Perrier, maior acionista do Parque
de Águas de São Lourenço. Responsável pelo envase da água Petrópolis no estado
do Rio de Janeiro, no final de 2007 adquiriu os direitos minerários de ASB
Bebidas e Alimentos Ltda. no município de Águas de Santa Bárbara (SP), onde
envasa a marca Pureza Vital, com a qual pretende aumentar a sua participação no
mercado brasileiro. A Nestlé Waters do Brasil, utilizando um total de quatro
poços, participou em 2008 com 1,62% do mercado brasileiro.
O Grupo Danone, empresa francesa com sede em
Paris, está presente no Brasil na área de alimentos com o iogurte Danone desde
1970, mas só no final de 2008 iniciou investimentos em água mineral. Apesar de
não possuir direitos minerários em território brasileiro, investiu na empresa
Icoara Ind. e Com. de Águas S.A., instalada em Jacutinga (MG), e desde agosto
de 2009 é responsável pelo envase da água mineral Bonafont, em embalagens de
500, 1.500 e 5.000 ml. Essa água, proveniente de apenas uma fonte, vem sendo
distribuída em cidades da região do sul de Minas Gerais e do estado de São
Paulo. Por ter iniciado sua produção em 2009, não consta ainda nas estatísticas
brasileiras de água mineral.
O mercado
brasileiro de águas envasadas difere do mercado internacional europeu e
norte-americano por dois motivos:
1) As águas
envasadas no Brasil, em quase sua totalidade, são águas classificadas como
minerais (89,8%)5 e potáveis de mesa (10,2%).
2) Os
grandes grupos empresariais transnacionais, como Nestlé Waters, Danone,
Coca-Cola Company e Pepsico, que somados controlam mais de 50% do mercado de
água envasada no mundo, aqui no Brasil participam com apenas 4,14%.
Dessa forma,
enquanto que em nível internacional gigantes da indústria de alimentos (como a
Nestlé e a Danone) são detentoras das marcas mais vendidas de água envasada em
diversos países dos cinco continentes, no Brasil o mercado continua
pulverizado, com inúmeras micro, pequenas e médias empresas nacionais.
É certo que,
com a aquisição pela Nestlé Waters Brasil da água Santa Bárbara (SP) e com os
investimentos e o início da produção da água Bonafont da Danone - agosto de
2009, em Jacutinga (MG) -, o mercado de água mineral envasada no Brasil deverá,
a partir de 2010, sofrer alterações significativas; e o capital estrangeiro,
que até 2008 mantinha uma participação ainda tímida no mercado brasileiro, hoje,
tem o Monopólio da água no Brazil e no Planeta.
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